Guerra Civil Prasdak

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Guerra Civil Prasdak
Data 21 de Mahrkhis de 5936 - 25 de Hatte de 5963
Local Todo território nacional
Desfecho O Rei Bravan II aceita a formação de uma Assembleia Constituinte que o mantenha no trono, e os republicanos aceitam se reintegrar ao sul do país.
Beligerantes
Prasdakdrerer Prasdakaram
Forças
Forças Armadas Republicanas de Prasdakar Exército Popular Revolucionário de Prasdakar Forças Armadas Reais de Prasdakar
Baixas
Aproximadamente 250.000, entre soldados e civis em áreas controladas pelos republicanos Aproximadamente 130.000, entre soldados e civis em áreas controladas pelos monarquistas

A Guerra Civil Prasdak foi um conflito entre republicanos, aliados a socialistas, sociais democratas e comunistas, e monarquistas, apoiados por liberais e conservadores ocorrido em Prasdakar. Foi um dos conflitos de maior duração em Adalar, durando 27 anos.

Antecedentes[editar | hide all | hide | editar código-fonte]

A Guerra de Independência e os atritos com o norte[editar | hide | editar código-fonte]

Litografia bïmesi representando uma das escaramuças entre algumas guarnições do império restantes em Prasdakar que não aceitavam o fim do Acordo de Bimearam.

Entre 5887 e 5893 Prasdakar lutou contra posições militares bïmesis que não aceitaram o fim do acordo entre os dois países que tornava Prasdakar, na prática, um protetorado do império. A luta começou com a denúncia do acordo por Mahady II Alied Brem, que liderou a partir de Bremaram as resistências contra Bïmesi.

No norte, notadamente em Pracaier, a elite local também apoiou e aderiu mais rápido a causa independentista, mas demandava desde o início que Mahady II transforma-se o país numa federação, concedendo maior autonomia as regiões do país. Também havia pressão entre filósofos e trabalhadores organizados pela formação de um parlamento. Republicanos e federalistas mais radicais eram perseguidos pela liderança de ambos os lados.

Em 03/5892, em Rapadig, uma cidade de 60 mil habitantes no limite entre o que hoje é a província de Pracaier e Mahabagh, o Exército Real de Liberação Nacional foi expulso por milícias locais que demandavam a proclamação de eleições gerais para formação de um parlamento constituinte. A revolta se espalhou por todo o interior de Pracaier, mas foi suprimida pelo ERLN e milícias regionais ligadas às elites de Pracaier, então aliadas dos Brem.

Mahady II recusava negociar qualquer mudança no ordenamento jurídico do reino antes de expulsar totalmente os bïmesi. Morreu em 5903, dez anos após o fim da Guerra de Independência e sem avançar em mudanças, comprando apoio de clérigos e das elites agrárias do interior do país.

A crise de Yohan e Hatte de 5906[editar | hide | editar código-fonte]

Explosão de morteiro nos arredores do porto de Pracaier. Brutalidade da repressão causou mais revolta no norte do país.

Em 5906 as constantes traições de Bremaram quanto a conversar sobre o aumento do poder regional no país se tornou intolerável para a elite em Pracaier quando um nobre que nunca havia conhecido a região foi nomeado governador do norte. Protestos massivos explodiram em Yohan, quando o novo governador chegou no porto da cidade, com os manifestantes tomando o porto e impedindo seu desembarque por três dias. A repressão da Armada e do Exército, no porto, causou indignação em todas as classes sociais.

Jovens da universidade de Pracaier e trabalhadores, alinhados com o republicanismo, tomaram a sede do governo na cidade e proclamaram a república. De fato os nobres do norte do país perderam o controle dos protestos. Alguns militares apoiaram a revolta, que logo se instalou em toda região metropolitana de Pracaier. Em Mahabagh, Marabi e Kamanvu a situação também fugiu ao controle do exército.

Mahady III enviou no começo de Hatte emissários com uma proposta de anistia ampla a nobre e oficiais do exército que apoiaram a proclamação em Pracaier e a nomeação de nobres das próprias regiões para administrá-las. Com isso o movimento se dividiu, perdendo força e sendo sufocado.

No final do mês ele cria e nomeia para o cargo de Alto Conselheiro, equivalente ao de primeiro-ministro, Gotabe Gotabed Buem, militar que se destacou por evitar ações sangrentas na repressão no norte. No final do ano, Gotabe funda a Guarda Real, responsável pelo policiamento civil e contra distúrbios, menos armada do que o Exército Real e com comando de várias pessoas saídas de classes sociais que não fossem a nobreza.

Revoluções nos vizinhos do Norte e "crise de sucessão"[editar | hide | editar código-fonte]

No início do século XXX, Krasnaya e Meldung, os dois principais vizinhos do norte de Prasdakar tornaram-se regimes comunistas. O caso de Meldung era mais emblemático: Após uma longa guerra pela emancipação política, os revolucionários venceram a guerra civil e implantaram um regime que objetivava varrer o passado de derrotas do país.

Essa situação aumentou a tensão entre os republicanos liberais, presentes na alta hierarquia das Forças Armadas Prasdaks, e os apoiadores dos poderes absolutos do rei em Bremaram. O Comando Militar do Norte, sediado em Pracaier, era todo controlado por simpatizantes das ideias republicanas. Havia um grande ressentimento entre os militares do norte de Prasdakar em relação a continuação da família Brem no poder, já que ela governou Prasdakar com o apoio do Império de Bïmesi, potência astarteana.

Já em 5935 havia um desgaste muito grande da credibilidade do poder real, já que o rei Mahady III estava muito idoso e seu filho e herdeiro nomeado, Príncipe Bravam, era visto como imaturo e despreparado para a missão de reinar.

Em 11/5935, Mahady III nomeou seu filho como Ministro Auxiliar no gabinete de seu Alto Conselheiro, na tentativa de aumentar sua credibilidade e experiência, mas a nomeação aumentou o atrito com a cúpula militar. Em 03/5936 Mahady III ficou acamado após um derrame, e Bravam passou a governar, efetivamente, como regente. O fato de ter demitido todos os ministros de Estado que pertenciam ao clero, no que deveria ser um aceno aos militares laicistas do norte, colocou a cúpula do clero inuquísta como apoiadora de uma maior restrição dos poderes do futuro rei.