Inuquísmo
Inuquísmo | |
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Fundado por | Profeta Ali |
Local de origem | Prasdakar |
Data estimada de origem | 4653 |
Sumo Sacerdote (Komem Gadol) | Moham Alied Mahim |
Inuquísmo (em prasdak: Inuquya) é uma religião henoteísta articulada pelo Ablavram, um texto considerado pelos seus seguidores como a revelação de Inuque, e pelos ensinamentos e exemplos normativos de Ali e de seu filho, Ali II, enquanto Aramt (rei) dos prasdak. Um adepto do Inuquísmo é chamado inuquísta. É a fé nacional de Prasdakar. Os inuqusítas acreditam que Inuque é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-lo. Eles também acreditam que o inuquísmo é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares, que é a fé em um deus todo poderoso que vive e governa o mundo a partir dos Céus. Os seguidores do inuquísmo afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo, ou feitas de uma forma simplificada, compreensível em tempos primitivos, mas consideram o Ablavram, um conjunto de textos sagrados, como uma versão inalterada da revelação final de Deus. Os conceitos e as práticas religiosas incluem os sete pilares do inuquísmo, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei religiosa, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.
História[editar | hide all | hide | editar código-fonte]
Pré-Ali[editar | hide | editar código-fonte]
Inuque é um dos muitos deuses do panteão prasdak, muito semelhante ao animismo. adorado em várias partes das regiões habitadas pelas tribos prasdak. Há indícios de adoração a Inuque pelo menos 2000 anos antes de Ali. Era reverenciado como um deus dos mais poderosos, rei no Céu, mas posto em igualdade com outras divindades como a deusa dos rios e das fontes, Akarala, ou o deus do mar, Quemtr.
Seu principal centro de adoração era em Aliaram, então Tealtaram, no planalto que fica na Península Prasdak.
Ali, o Profeta[editar | hide | editar código-fonte]
Em 4653 um jovem, filho de uma família de servos de uma das 5 famílias governantes de Tealtaram, começou a anunciar que havia falado com Inuque e que este o havia escolhido como seu mensageiro. Ele então passou a realizar curas milagrosas no portão principal do Grande Templo de Inuque. Ele foi detido, acusado de heresia, mas vários moradores da cidade cercaram a fortaleza para onde ele foi levado e o aclamaram como líder da fé. Soldados da cidade se recusaram a prender Ali novamente, e diante da crescente possibilidade de uma rebelião Agaha Baracked Bram, líder tribal dirigente da cidade à época, convenceu os demais líderes tribais a aceitarem a mensagem de Ali e instrumentalizarem isso nas disputas com outras cidades estados dos prasdak.
Ali foi incumbido de levar a mensagem pelas terras prasdak, com um grupo de seguidores, período que a elite de Tealtaram julgou que seria necessário para ele desaparecer, mas sua mensagem se tornou extremamente popular e Tealtaram se tornou um grande centro de peregrinação, aumentando seu poder. Ali peregrinou por 10 anos, chegando até a região do Grande Delta. Vários fiéis migraram para a península, aumentando a demografia de Tealtaram e seu exército.
Em 4664, liderados por Ikuliati, hoje Bremaram, várias tribos prasdak se coligaram para esmagar a heresia de Tealtaram e reequilibrar o poder entre os prasdak. Temerosos, os líderes de Tealtaram confiaram a liderança do conflito a Ali, que se saiu bem e venceu as outras tribos. O título de Aramt, que ele recebeu de forma controversa já que não foi numa eleição de todos os principais líderes tribais, permaneceu após o período de guerra. Foi a primeira das Guerras de Fé, que explodiriam novamente sob o governo de seu filho, Ali II.
Quando ele morreu, em 4699, ele havia pregado e agregado discípulos durante mais de 40 anos. Durante este período ele institucionalizou a fé, instruindo como deveria ser a sucessão no trono e na liderança da fé. Seu filho foi entronizado como Aramt no lugar de seu pai, e uma de suas primeiras medidas foi mudar o nome da cidade para Aliaram (reino de Ali), nome que possui até hoje.
Ali II e a instituição do Komem Gadol[editar | hide | editar código-fonte]
O filho mais velho de Ali, Ali Alied Bram, Ali II, iniciou uma campanha militar contra tribos que atacavam missionários inuquístas nas terras dos prasdak. Ele se designou como líder político e militar, deixando as funções de direção da fé sob os cuidados de um Sumo-Sacerdote (em prasdak: Komem Gadol). Um dos primeiros discípulos de Ali, Ovaman, foi eleito pelos outros sacerdotes e com o voto do Aramt.
Neste período, Ovaman estabeleceu as Escolas Religiosas, centros de formação de sacerdotes, em Aliaram e Ikuliati. Estas duas escolas elegeram a maioria dos Komem Gadol. Esta instituição foi estabelecida sob a orientação de Ali para após a sua morte. Hoje, há 5 Escolas Religiosas no país, grandes centros religiosos.
Os Sete Pilares[editar | hide | editar código-fonte]
Os Sete Pilares são os sete costumes que todo adepto da fé obrigatoriamente tem de seguir. São elas:
Aceitar o Ablavram como revelação sagrada[editar | hide | editar código-fonte]
O Ablavram é o livro sagrado do Inuquísmo. É formado pela junção de textos muito antigos do culto a Inuque pré-Ali, mais textos acrescentados pelo profeta e seus discípulos. Deve ser aceito como revelação sagrada suprema, código pelo qual Inuque se comunicou com a humanidade.
Orações diárias[editar | hide | editar código-fonte]
Todo crente deve orar pelo menos três vezes ao dia com o rosto virado para o céu. No Ablavram Ali não estipula os momentos, mais sugere ao acordar, ao fazer a principal refeição do dia e ao se deitar para dormir. A maioria dos adeptos seguem estes três períodos.
Dar esmolas nos templos[editar | hide | editar código-fonte]
Ao entrar no templo se deve deixar ao menos uma moeda para que os sacerdotes possam fazer obras de caridade, se sustentarem e manterem os templos. Pessoas muito pobres geralmente não entravam nos templos, fazendo suas preces do lado de fora.
Peregrinação ao Grande Templo de Aliaram[editar | hide | editar código-fonte]
Uma vez na vida o adepto tem de peregrinar até o Grande Templo de Aliaram, onde estão os restos mortais de Ali. Há uma série de rituais que só podem ser seguidos no Grande Templo.
Observar o Dia dos Mártires[editar | hide | editar código-fonte]
O Dia dos Mártires é no dia 08 de Ebrezen. É o único dia santo da religião, em que todos os adeptos devem jejuar do nascer do sol do dia 08 até o nascer do sol do dia 09. Foi em um 08 de Ebrezen que Sadat, um dos discípulos de Ali, foi martirizado onde hoje fica Fahegh. Foi o primeiro discípulo de Ali que foi morto ao pregar o inuquísmo. Ali, desde este evento, sempre jejuava e chorava durante o dia 08, e seus seguidores o imitavam. No Ablavram se diz que ao observar o Dia dos Mártires o crente se une a eles e Inuque.
Banho no mar[editar | hide | editar código-fonte]
Todo adepto deve, ao menos uma vez, se banhar de corpo inteiro no mar. Dessa forma ele simula a morte e a ressurreição para a fé e devoção em Inuque.
Abster-se de alimentos impuros[editar | hide | editar código-fonte]
Todo adepto deve se abster de alimentos considerados impuros segundo o Ablavram. Todo animal predador ou de rapina é considerado imundo, seja da espécie que for.
O Ablavram[editar | hide | editar código-fonte]
É o texto sagrado do inuquísmo. É uma coletânea de textos que são chamados de livros, divididos em capítulos e parágrafos. Significa algo como “toda palavra”, ou “palavra absoluta” (vram = palavra e abla é um antigo prefixo prasdak que indica totalidade).
Foi idealizado por Ali, que deu as instruções para a formação do Ablavram aos seus discípulos, que o concluíram durante o reinado de Ali II.
Divisões[editar | hide | editar código-fonte]
Aynisquatya (Revelação)[editar | hide | editar código-fonte]
É o primeiro livro do Ablavram e o mais antigo. Reúne uma coletânea de inscrições de sacerdotes de Inuque do período pré-Ali, quando Inuque não era tratado como deus supremo no panteão prasdak escritos ou existentes até então apenas oralmente. Foram reunidos e selecionados por Ali durante sua peregrinação e pregação por Prasdakar.
Ele possui 67 capítulos, divididos da seguinte forma em relação aos assuntos:
Capítulos 1 – 20: Teogonia. Origem dos deuses, do universo e de Inuque. Sua luta contra deuses e monstros que oprimem os seres humanos e as outras criaturas de Adalar.
Capítulos 21 – 40: Histórias de Inuque. Várias narrativas de heróis e reis (na realidade guerreiros) pré-históricos que são instruídos pelo próprio Inuque em meio a batalhas e provações e de como funciona seu Reino Celeste na vida após a morte.
Capítulos 41 – 60: Rituais. Explicações de rituais e do culto a Inuque.
Capítulos 61 – 67: Escatologia. É o único trecho do Aynisquatya que tem o autor identificado. Mayjair, um místico inuquísta que viveu e servia num templo de Inuque na extinta cidade-estado de Puniabiy, onde hoje fica Tunjat. Mayjair teria tido visões a respeito do fim do mundo e do julgamento de Inuque de todas as almas, vivas e mortas. Mayjair foi “o primeiro profeta”, segundo o próprio Ali, que teria compreendido o governo de Inuque sobre os homens e os deuses.
Alivram[editar | hide | editar código-fonte]
A palavra de Ali. Seu livro de próprio punho. Possuí 68 capítulos, divididos da seguinte forma em relação aos assuntos:
Capítulos 1 – 20: Vida de Ali. O profeta narra sua vida desde o chamado que recebeu de Ali até o início da Guerra de Fé. Suas peregrinações e impressões pessoais a respeito da recepção da fé entre os prasdak estão presentes aqui.
Capítulos 21 – 50: Guerra de Fé. Ali detalha os 7 anos de guerra contra a coligação de cidades-estados que se uniram contra Tealtaram e o domínio de Ali. Vários aspectos da governança do Estado e das táticas de guerra usadas por Ali estão presentes aqui.
Capítulos 51 – 60: Conselhos de Ali: Aqui estão listados os sete pilares da fé e várias anotações de Ali quanto à governança justa e uma forma de vida justa.
Capítulos 61 – 68: Mensagens de consolo: Escritos na velhice de Ali. Uma série de mensagens de conselhos aos seus discípulos e demais fiéis e exaltação do Reino Celeste de Inuque.
Salirsvram[editar | hide | editar código-fonte]
A palavra dos discípulos. É um livro escrito pelos dois discípulos escribas de Ali, Gotabay e Prakrama. Os capítulos de Gotabay, 35, são falas, ações e orientações de Ali que não entraram no Alivram, e os capítulos de Prakrama, 31, narram a conclusão da Guerra de Fé, com Ali II unificando efetivamente os prasdak.
Patalkal[editar | hide | editar código-fonte]
Canções. Livro de hinos, compilado e formado por Ali II, filho de Ali e segundo Aramt de Prasdakar. Cada capítulo equivale a um poema de diferentes autores: desde hinos pré-Ali até textos do profeta, discípulos e alguns poetas contemporâneos de Ali e Ali II. São 134 hinos.